Crash global

Crash Global:  7 de abril de 2025 marcaria seu início?

Na segunda-feira, 7 de abril de 2025, os mercados financeiros enfrentaram um verdadeiro colapso. O motivo? O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova rodada de tarifas comerciais agressivas, provocando um efeito dominó nas bolsas de valores globais. O episódio já está sendo comparado a grandes crises da história econômica recente — e pode ser o início de uma nova era de instabilidade.

O gatilho: novas tarifas dos EUA

O que Trump anunciou

Durante a coletiva que marcou o chamado “Dia da Libertação”, Trump anunciou uma tarifa universal de 10% sobre todas as importações, com exceção de Canadá e México. Além disso, impôs tarifas específicas adicionais a cerca de 60 países. A China, por exemplo, foi penalizada com um adicional de 34%, podendo chegar a 54% de imposto sobre os produtos exportados aos EUA.

O presidente americano também ameaçou uma tarifa extra de 50% caso a China não recuasse em sua retaliação. Como era esperado, Pequim reagiu — e o mercado global entrou em parafuso.

Reação dos mercados: um crash global de proporções históricas

Circuit breakers em Tóquio

Em menos de uma hora após a abertura do pregão asiático, o Nikkei 225 caiu quase 9%, forçando a Bolsa de Tóquio a acionar o circuit breaker. As negociações de futuros foram suspensas por 10 minutos para tentar conter a onda de pânico.

Queda generalizada nas bolsas

Não foi só o Japão. O Hang Seng, de Hong Kong, despencou 12,5%. Os índices chineses também seguiram em queda livre: Xangai caiu 7,34% e Shenzhen, 9,66%.

Na Europa, a história se repetiu. O IBEX 35, da Espanha, perdeu 5,11%. Paris, Frankfurt, Milão, Londres e Zurique também fecharam o dia no vermelho.

O “termômetro do medo” dispara

O índice VIX, conhecido como o termômetro do medo dos investidores, atingiu níveis alarmantes — comparáveis apenas à crise de 2008. O mercado entrou em modo de proteção total, fugindo de risco a qualquer custo.

Comparações com outros momentos históricos

A gravidade do crash global dos mercados levou muitos analistas a traçarem paralelos com crises passadas, como o crash de 1987, a quebra de 2008 e a pandemia de 2020. O cenário atual, no entanto, difere por ter sido desencadeado por uma ação política premeditada — e não por colapsos financeiros internos.

Resposta internacional: tensão geopolítica no radar

União Europeia prepara retaliação

Embora prefira manter a porta aberta para negociações, a União Europeia já se prepara para retaliar os EUA. Uma lista de produtos que poderão ser taxados foi revelada, incluindo desde fio dental até diamantes — totalizando US$ 28 bilhões em importações americanas.

Japão pede recuo

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, ligou para Donald Trump pedindo a suspensão das tarifas. A resposta? Fria e inflexível. Trump não dá sinais de ceder.

O que esperar daqui para frente?

O impacto das tarifas pode ser apenas o começo. A escalada protecionista acirra tensões entre as grandes potências econômicas, mina a confiança de investidores e dificulta a retomada do crescimento global. A volatilidade deve permanecer alta nos próximos dias, com mais circuit breakers e movimentos abruptos nos mercados.

Conclusão

O crash global dos mercados, provocado por medidas tarifárias unilaterais, entra para a história como um dos eventos mais impactantes do cenário financeiro pós-pandemia. Investidores devem acompanhar com atenção os desdobramentos geopolíticos e considerar uma estratégia defensiva, com diversificação e foco em ativos de menor risco. Nós da Meelion recomendamos sempre para uma carteira blindada, acompanhar os melhores investimentos da Renda Fixa. Estamos aqui para ajudar você a se decidir rápido.


Glossário Meelion

  • Circuit breaker: mecanismo que interrompe as negociações nas bolsas quando há quedas muito acentuadas, para evitar pânico excessivo.

  • VIX: índice que mede a volatilidade esperada do mercado. Quanto mais alto, maior o “medo” dos investidores.


Fontes Consultadas

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